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Une voix chaleureuse, des rythmes enjoués : la musique généreuse de l’Ile du Feu, pour des textes empreints de satire sociale.
« Perpétuer et apporter à la génération future la mémoire inatlérable des grands compositeurs, des cantadeiras populaires et des humbles compositeurs, chanteurs de notre terre ». Telle est la formule utilisée par Raíz di Djarfogo, dont le nom signifie « Racine de l’île de Fogo », pour définir ses aspirations. Le groupe cherche à préserver le patrimoine traditionnel tout en lui donnant un nouvel élan. Il s’inspire directement de la musique des fêtes de saints et notamment des chants des veillées ou de rues que des spécialistes, colador (masculin) et coladeira (féminin), improvisent pour commenter la qualité des réjouissances ou implorer des protections divines. Ces chants sont marqués par un esprit critique assez mordant, un art de la satire, appelé à Fogo : rafogdjo, se gausser. C’est cet esprit que défendent les musiciens de Raíz di Djarfogo en invitant une coladeira, Dominguinha, à interpréter avec eux deux chants caractéristiques de la fête de bandeira : Braga Maria et un brial. Raíz di Djarfogo est aussi un groupe de mornas et coladeiras, genres musicaux les plus répandus dans l’archipel ; cependant le chanteur Putchota les interprète avec une plénitude où l’amour pour Fogo et la fierté de sa culture s’allient aux accents communs de la nostalgie.
« Perpetuar e dar á geração futura a memória inalterável dos grandes compositores, das cantadeiras populares e dos humildes cantores de nossa terra. » Tal é fórmula empregada por Raíz di Djarfogo, cujo nome significa « Raíz da ilha de Fogo », para definir suas aspirações. O grupo procura preservar o patrimônio tradicional dando-lhe ao mesmo tempo um novo sopro. O grupo se inspira diretamente na música das festas de santos e especialemente dos cantos noturnos das ruas, improvisados pelo colador ou pela coladera para comentar os fatos do dia ou para implorar as proteções divinas. Este cantos, de espíritos crítico implacável, expressam uma verdadeira arte de sátira, que em Fogo se chama rafodjo, « escárnio ». Este espírito é invocado pelos músicos de Raíz di Djarfogo ao convidar uma coladera, Dominguinha para interpretar com eles dois cantos caracterícos da festa de bandeira : « Braga Maria » e um brial. Raíz di Djarfogo é também um grupo de mornas e coladeiras, os gêneros musicais mais populares no arquipélago. O cantor Putchota interpreta-os com uma plenitude na qual o amor por Fogo e o orgulho por sua cultura se aliam aos tons mais gerais da saudade.
« Passing on the next generation the unchanging memory of the great composers of the past, the popular cantadeiras, as well as that of the more humble composers and singers of our land. » This is how the group Raíz di Djarfogo (whose means « Roots of Fogo Island) expresses its aspirations. Its aim is both to preserve traditional heritage and to give it a fresh impulse. Its repertoire is borrowed directly from that of the saints’festivals, and particularly from the street and festive evensongs which specialized singers, the colador (male) and coladera (female) improvise to comment on the quality of the entertainment, or to beg for divine protection. These songs are scathingly critical, demonstrating a satirical art from which is called in Fogo, rafodjo, « mocking ». It is in order to defend this spirit that the group has invited a coladera, Dominguinha, to sing two songs with them which are characteristic of the bandeira festival : Braga Maria and a brial. In Raíz di Djarfogo’s repertoire, mornas and coladeiras, the archipelago’s most widespread genres, are alos represented. The singer’s -Putchota- rich interpretation conveys not only a common feeling of nostalgia, but also great love for the island and pride for its culture.
Jean-Yves Loude.
Viviane Lièvre et Jean-Yves Loude.
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Alain Cheiroux.